Psst! Psst!

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Psst! Psst!

Sim, tu mesmo. Eu estou aqui e vejo-te aí parado no tempo. Tu que olhas em frente e nada vês. Que procuras e nada encontras. Sim tu, que continuas a procurar à volta o que não encontras, o que só está dentro de ti. Que teimas em continuar a esbarrar no teu cinzento, no teu nada e ficas-te no vazio dos teus dias. Deixa que esta manhã de Inverno, devolva ao teu olhar o colorido das suas folhas, que se levantam a cada sopro deste vento frio e seco. Deixa que ele te varra todos os cinzentos das tuas manhãs dos teus dias do teu ontem, do teu hoje.

Sim, tu mesmo. Eu continuo aqui e peço-te: chuta para bem longe todas as sombras que teimas em deixar que pairem sobre ti. Deixa que a luz do Sol entre e te aqueça. Sente o calor do seu amarelo, deixa que ele encha os vazios que teimas em não deixar preencher. Deixa que o verde das folhas te esperance e que te faça cair as caducas das sombras das tuas cinzentas memórias.

Psst! Psst!

Continuo aqui, e nada vejo em ti sinais de mudança outrora primaveris, para além da tristeza do teu olhar, que teimas em manter perto de ti. De mim. Sim tu aí, porque hoje estou aqui e amanhã deixarei de estar aqui sempre para ti.

Psst! Psst!

Não fintes os teus dias…

Julieta ©

Será I Pedro Abrunhosa

Será

Será que ainda me resta tempo contigo
ou já te levam balas de um qualquer inimigo

Será que soube dar-te tudo o que querias
ou deixei-me morrer lento no lento morrer dos dias

Será que fiz tudo o que podia fazer
ou fui mais um cobarde nao quis ver sofrer

Será que lá longe ainda o céu é azul
ou já o negro cinzento confude o norte com o sul

Será que a tua pele ainda é macia
ou é a mão que me treme sem ardor nem magia

Será que ainda te posso valer
ou já a noite descobre a dor que encobre o prazer

Será que é de febre este fogo
este grito cruel que da lebre faz lobo

Será que amanha ainda existe para ti
ou ao ver-te nos olhos te beijei e morri

Será que lá fora os carros passam ainda
ou estrelas cairam e qualquer sorte é bem vinda

Será que a cidade ainda está como dantes
ou cantam fantasmas e bailam gigantes

Será que o sol se põe do lado do mar
ou a luz que me agarra é sombra de luar

Será que as casas cantam e as pedras do chão
ou calou-se a montanha rendeu-se o vulcão

Será que sabes que hoje é domingo
ou os dias nao passam são anjos caindo

Será que me consegues ouvir
ou é tempo que pedes quando tentas sorrir

Será que sabes que te trago na voz
que o teu mundo é o meu mundo e foi feito por nós

Será que te lembras da cor do olhar
quando juntos a noite não quer acabar

Será que sentes esta mão que te agarra
que te prende com a força do mar contra a barra

Será que consegues ouvir-me dizer
que te Amo tanto quanto outro dia qualquer

Eu sei que tu estarás sempre por mim
não há noite sem dia nem dia sem fim

Eu sei que me queres e me Amas também
me desejas agora como nunca ninguém

Não partas entao não me deixes sozinho
vou beijar o teu chão e chorar o caminho.

Pedro Abrunhosa & Os Bandemónio

In Álbum: Tempo – 2006

letra 01. Não Dá
letra 02. Dá-me Tudo O Que Tens Para Me Dar
letra 03. Se Eu Fosse Um Dia O Teu Olhar
letra 04. É Difícil
letra 05. Sexo
letra 06. Se Eu Voltar
letra 07. Acima & Abaixo
letra 08. Nunca Te Perdi
letra 09. Tempo
letra 10. Será
letra 11. Manhã
letra 12. Parte De Mim

És tu o meu mar

Hoje me elevo sobre ti para te poder abraçar e devolver o teu azul. Olho para a imensidão do mar e apetece-me… Apetece-me navegar sobre ti! Hoje, vejo-te cinzento da cor deste céu mais teimoso que eu. E penso baixinho Quero-te de todas as cores Quero-te azul, quero-te verde Quero-te …

Prometo Perder

Prometo Perder

(…)

“Gosto da maneira como te guardas no interior do meu peito, os meus braços abertos e tu como se esperasses a chegada da morte. É tão inexplicável a tua pele. A vontade de chorar. Ou existe o eterno ou existe o nada. A carne bruta e um poema no teu orgasmo. Gosto da maneira como me pedes por favor para ser humano. Existe algo de solene na forma como me fazes perder a vergonha. Ser feliz é credibilizar o pecado, e certamente pecar.”

Autor: Pedro Chagas Freitas

Título: Prometo Perder

Género: Prosa

Sinopse: Em mais uma viagem intimista e desconcertante, Pedro Chagas Freitas percorre, em PROMETO PERDER, o interior da emoção: da saudade ao desejo, da dor ao amor, nada ficará por tocar. Deixe-se sentir.

Volta!

Desencontros Todos te sorriam, menos eu Todos te elogiavam, menos eu Todos te abraçavam, menos eu Todos te beijavam, menos eu Todos te procuravam, menos eu Todos te queriam, menos eu Todos te desejavam, menos eu Todos te amavam, menos eu Um dia tu partiste … todos te esqueceram… Menos …

Ilumina-me

Ilumina-me

(…)
“Gosto de ti como uma estrela no dia
Gosto de ti quando uma nuvem começa
Gosto de ti quando o teu corpo pedia
Quando nas mãos me ardia
Como o silêncio na guerra
Beijos de luz e de terra
E num passado imperfeito
Um fogo farto no peito”

Pedro Abrunhosa & Os Bandemónio

In Álbum: Luz – 2007

Penso!

Sob este céu cinzento penso…   Olho para o cinzento do asfalto e penso … Penso em ti. Olho para a pequena nuvem que se forma e penso … Penso em ti. Olho para o amontoado de folhas que se levantam ao sopro do vento e penso … Penso em …

Suspiro!

Suspiro, pela brisa do vento!…  Hoje, pela brisa da manhã… Suspiro!… Páro no tempo e escuto o sopro do vento. O vento que trás a lembrança do teu rosto. Do teu último abraço. Do teu último beijo. Do teu último olhar! E suspiro!… Onde estás tu? Que não te vejo?! …

As tuas mãos!

Quero as tuas mãos em mim!… Eu não sei… Das tuas mãos, que me percorrem pela mente. Das tuas mãos, que me obrigam a parar nelas… Das tuas mãos, que me fazem sentir a vontade de as ter. Das tuas mãos, que me agarram com a força do mar… Eu …

Ser!

  Ser quem te leva até à Lua e te trás até ao Sol. © Tropecei em ti sem saber como, sem saber onde. Entre territórios desconhecidos, sincronizados pela mesma Lua, levaste-me até ti, até mim. Entraste como uma brisa suave pela calada da noite, trazida pelo som do teu …

Bom dia!…

Quero-te em todas as horas do dia!   Quando me dás um “bom dia!” … e dizes baixinho “Mais cinco minutos!”   Quando te pergunto “que fazes?” … e dizes “Tenho saudades tuas!”   Quando me dizes “não me apetece fazer nada!” … e digo “Quero ouvir a tua voz!”   …