Mil palavras... Um sentimento...
 
Psst! Psst!

Psst! Psst!

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Psst! Psst!

Sim, tu mesmo. Eu estou aqui e vejo-te aí parado no tempo. Tu que olhas em frente e nada vês. Que procuras e nada encontras. Sim tu, que continuas a procurar à volta o que não encontras, o que só está dentro de ti. Que teimas em continuar a esbarrar no teu cinzento, no teu nada e ficas-te no vazio dos teus dias. Deixa que esta manhã de Inverno, devolva ao teu olhar o colorido das suas folhas, que se levantam a cada sopro deste vento frio e seco. Deixa que ele te varra todos os cinzentos das tuas manhãs dos teus dias do teu ontem, do teu hoje.

Sim, tu mesmo. Eu continuo aqui e peço-te: chuta para bem longe todas as sombras que teimas em deixar que pairem sobre ti. Deixa que a luz do Sol entre e te aqueça. Sente o calor do seu amarelo, deixa que ele encha os vazios que teimas em não deixar preencher. Deixa que o verde das folhas te esperance e que te faça cair as caducas das sombras das tuas cinzentas memórias.

Psst! Psst!

Continuo aqui, e nada vejo em ti sinais de mudança outrora primaveris, para além da tristeza do teu olhar, que teimas em manter perto de ti. De mim. Sim tu aí, porque hoje estou aqui e amanhã deixarei de estar aqui sempre para ti.

Psst! Psst!

Não fintes os teus dias…

Julieta ©

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