Mil palavras... Um sentimento...
 
Cinco sentidos

Cinco sentidos

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Que poder é esse que faz com que os meus dedos te sintam quando estico o braço para o teu lado da cama? Que poder tão estranho! Tão forte! Monopoliza sem resistência todos os cinco sentidos de entrada em mim. Todos os caminhos de acesso a mim.

© Que poder é esse que tu tens, que te põe na minha chávena de chá de domingo? Que poder é esse que tu tens que te põe no meu ouvido, dando significado a uma qualquer letra de uma banda sonora despercebida? Que poder é esse que te põe no meu horizonte? Do outro lado da ponte? Que poder é esse que te traz no vento, onde o teu champô se mistura com a erva humedecida pelas gotas de orvalho de uma qualquer noite sem ti? Que poder é esse que faz com que os meus dedos te sintam quando estico o braço para o teu lado da cama? Que poder tão estranho! Tão forte! Monopoliza sem resistência todos os cinco sentidos de entrada em mim. Todos os caminhos de acesso a mim. Veda-os de forma a não permitir o acesso a nada nem ninguém sem que pelo caminho tenham de carregar a tua marca, a tua presença. Trazem um bocadinho de ti, do teu melhor. Eu vejo-te… eu sinto-te… eu cheiro-te… eu ouço-te dizer “amo-te”, mesmo ainda enquanto saboreio o gostinho salgado dos teus lábios. A minha mente recolhe cuidadosamente todos os ingredientes para um cocktail perfeito. Todos os ingredientes se destacam, mas todos encaixam no seu lugar, com a ligação delicada e equilibrada que lhe confere o aspecto, a textura, o aroma, o sabor, a voz de uma mulher única.

Romeu.

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